segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aforismos.

São 2h da manhã, as dores nas costas e nas ancas me maltratam.
Li o Edén e não consigo sair dele, sem recuperação instantânea e/ou a longo prazo.
A cada dia mais essa sensação de vÔO me incita e me fode, ter de cara, assim, esparramado nas palpebras e muito mais nos sentidos, essa explosão! 117 páginas e milhões de explosões em partes estranhas.
ABERTA A TEMPORADA DAS VERDADEIRAS SENSAÇÕES!
Esses argentinos chegaram escancarando portas e quebrandos janelas. Pablo Holmberg, também conhecido como Kioskerman faz um mundo onirico maravilhoso na sua graphic novel debut, Éden.
É como se ele sentisse além, o mundo é outro e as sensações são essas mesmas, mas, irreconheciveis ou talvez reconhecíveis até demais para nos darmos conta.
O traço denso e assustador é o poder de criar vida, poesia... Ah que poesia!
As vezes a sutileza é muito mais espalhafatosa que todo o resto. Utilizando-se disso, ele te põe no chão em instantes, ficas submerso no meio disso tudo, dessa baía escura... Se afogas ou és afogado em medo e sorrisos.
Caminhos?!
Me sinto fraquinha as vezes..." Sabemos de tudo Sr. Cabeça de Batata, somos bem informados, bem educados, respeitados, todos sabem disso."- E... pra que?
Para continuar o mesmo ciclo. Somos viciados nisso. MANTER!
É talvez seja justamente o poder da obra de arte, nos reviramos sempre em perguntas ou conclusões para depois jogar todas as respostas no chão, continuar tentando de novo.
Crônicas de dores... É isso mesmo, como se um amigo proximo tivesse escrito, entendendo cada peculiaridade sua, sendo universal.
Depois de todo esse sangue que vem caindo posso vestir a roupa agora e sair. Me envolvendo na incerteza e acreditando, talvez seja aquele momento epifânico de mudança de idade e de Era.
Obrigada Sr. Kioskerman, de todos os fios de cabelo! Sei que agora, como pinoquio, vou virar um menino de verdade.