segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mais uma historia igual as outras...

Um cara gordo vinha andando na minha direção, se arrastava carregando todos seus karmas e darmas cantando alguma coisa sobre o “não” saber. Sobre como abandonar, como esquecer, como conseguir sorrir, aquele homem gordo sem saber como fazer milhares de coisas e se arrastando para que sentíssemos pena. PENA? OH homem gordo vá vê se eu estou na esquina dançando uma cumbia com meu parceiro malhado, senhor genivaldo, tocando trompete com minha roupa colorida. Se for pra sentir pena é melhor desistir, não vou carregar pra você suas gorduras penosas, elas estão se desfazendo e todo mundo na rua consegue ver você indo embora, como um liquido de tecido adiposo e em cada esgoto do submundo você se encontra em pedaços, pedaços putrefatos de um homem que um dia foi um homem. Você agora caga em tudo e da sua boca só sai minhocas tristes, elas estão te comendo por dentro e você homem gordo só sabe deixar as portas abertas pras minhoquinhas. Seus neurônios estão se confundindo na hora das sinapses e as correntes nervosas estão indo pro seu pé e estão caminhando por você sem funcionalidade, como se fossem milhares de bixos de pé gigantes. Eu não vou sentir mais o desejo de ficar, homem gordo. A sua despedida é engraçada ele senta-se à mesa toma um copo de leite me diz como vai ser a minha vida e desaparece. É assustador vê um pseudo ectoplasma de tantas lembranças dançando brega no ar com a materialização da saudade e indo embora só indo embora. Naquela mesa tá faltando ele e a saudade dele tá doendo em mim. Como diria certo senhor vovô. Homem gordo vai voltar pra ela, ou ela na verdade é o homem gordo. Ou vai passar e nada vai ter existido... Vai saber, não é diferente de uma música de amor chata que nunca fala sobre nós mesmos...

5 comentários:

  1. essa cançoes de amor que todo mundo adora, e no fundo traduz um amor que a gente nunca conheceu. faz parte :s

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  2. PORRA!
    FODA ISSO LUAH!

    É essa sinceridade que tu botou nesse texto que sempre fala mais da gente do que qualquer outra coisa

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