quinta-feira, 28 de abril de 2011

Depois do incêndio o parto.

'Acelerado.
Acelerado.
Doí e enjooa!
Jo quiero estas cosas e otras cosas.
estas personas são Horríveis!
AAAAAAAAAAAAAAAAAA
Dum dum dum parece que
alguma coisa vai pular,
De minhas têmporas.
Bluft!
Uma lama gosmenta.'
Tinha cheirado o possível e o impossível naquele dia, dava pra perceber por sua falta de cor, sua super racionalidade.
Cheio de manias, olhares, falas, vozes e sorrisos. Uma figura distante do reino distante do carinho. Imponente com sua barba a fazer... Estava ali para me buscar, sábado de tarde, depois do trabalho, para tomarmos um cafezinho.
Frio! Aquele dia era uma prece cósmica, especial, iria se dissolver, dissipar... Precisava dessa companhia, minha companhia?!
Vinha andando pela porta da frente como se fosse um ritmo musical, um trip-hop, arrastado, mas a aceleração da fala confundia toda a cena que eu assistia deitada na cozinha de pernas pro ar.
Chegou do meu lado, repetiu palavras infundadas e começou de novo outra ladainha:
" Anciosidade matou o gato bêbado na esquina escura de um dia chuvoso.
Mentira ele não era curioso! Não!
Queria vida... Morreu... pobrezinho.
Rua Adelaide Amaral nas proximidades do n° 15,
Estava lá... estatelado... Morto pela vontade de sexo, de paus em bucetas.
Morto porque ia pocriar...El cio es el periodo en que la mujer esta dispuesta a aceptar los hombres??
Foi atrás da banda do carnaval, saiu de casa porque pirava em cores, sabores, aventuras.
Afinal o gato morreu.
HAHAHAHAHAHAHAHAHHAHHAHAHAHHHAA
Era colorido e sujo, daqueles que ninguém gosta de ter. Coitados...
Sinto que de tanto querer posso acabar triste e sem vida...'
-Ôhomem!- De que dimensão saiu tudo isso agora, era o que me perguntava, continuava deitada. Aquilo na minha barriga, continuava deitada esperando...
"Vamos a um sorveteria, lanchonete, carrinho de lanche de esquina?" Me revirava em convulsões tipo aqueles de filmes junkies dos 16 anos.
Dava pra ver naquela carinha gelada mais sorridente, a dele que não tinha virado nenhum um simbolo mistico pra mim, mas, estava ali, estava mais dentro que outra coisa.
Aquele dia era uma prece cósmica!
Tudo aquilo de vida desperdiçado, os muros agora assustavam... E ele não sabia me 'acodir'.
Doía que nem a pior das dores e só ficava me olhando, olhar rápido... dizia:
"Dava pra ser sem gastar dinheiro.
Uma musica. Que vai e passa. Iriamos ser felizes.
Vamos fingir que essa coisa não existe, ouvir 'ants planet' e pensar nas formigas assassinas da malásia.
Continuar o jogo de video game dessa relação de onde parou ia ser bem mais legal que isso."
Vamos comer para que saia logo de uma vez. Para que venha assustado, mas, sem fome. Pra que seja logo, nosso é nosso! Isso daqui é nosso.
A guitarra entrou em nós dois... naquela musica reinou o silêncio... sem frases de efeito, sem querer as firulas.
Preto no Branco meu irmãozinho!
PLOFT!
Caiu.
Chorou.
Um a mais.
Boa sorte.
para que ouçam em sua homenagem.

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