quinta-feira, 9 de junho de 2011

O DiaD.

- Olha a pamonha, tapioca com leite de moça.
gritavam dos outros lados, daqueles de quando desces de casa, são vários um a cada momento. As vezes eles te deixam acuado outras curioso.
Consegues ouvir um sax nos gritos e ficas intimamente ligado a um não sei o que de rua, pessoas que não se afastam, se juntam a todo momento, é impossível não ser visto... É preciso ser visto.
O dia D... Três homens contando dinheiro dentro de um quartinho escuro num edifício velho na 13 de maio, um cara cagando em um dos banheiros cheirosos, ou não, do enorme Banco do Brasil, senhoras de poucas forças, devagarinho no meio da rapidez... Calor! Sombrinhas coloridas, com flores estampadas das mais chamativas, uma banca com taxistas que fazem sons nos seus bancos de madeira. Calor!Elas-pessoas- te olham, te cercam com o pensamento, como tu também fazes, nem que seja por segundos... Mas, tem aquelas, eles, aqueles, que se perdem, não passam, não sentes, mesmo estando lá, no mesmo lugar.
O do chapéu preto e luizinhas coloridas nas mãos e brincos dos mais bonitos e baratos do mercado, aquele ser, naquele momento sem nome, imaginando o jantar, a mulher, o jantar, o que vão fazer, gostando daquilo, sendo aquilo ali... Aquela cena, cenas, várias, juntas. A tarde, como um assopro, parece que vai ser tanto que a terra ou alguma coisa superior não vai conseguir suportar tanta força e cabeça de tanta gente.
O dia D... Um tambor em algum lugar do pedaço da cabeça, aumentando pra caralio pra depois diminuir assim sem querer...nãoparandonãoparandonãoparando.
Vem um sons agudos pra melodiar, fica mais legal.Então, não mais que derepente ou derepente as coisas se suspendem, sentidos, olhas pra cima.
Acordam: " Leros, Boleros, tangos e outras delicias" e ela: "Menino de cá faço o tempo para". Sem se notar vivendo outras dimensões ali.
Em outros... sandálias, dores nas costas... naquela unha encravada do ultimo dedinho do pé que acabou de bater na porra daquela banqueta desnecessária em algum lugar da vida... Calor!
Depois... Acabam as músicas...
Dai ela vai, enfrenta esses milhares de mundo. O elevador claro, demora... Pessoinhas felizes com seus "Boa tardes" , no meio de tudo aquilo, atravessando, pedindo... Dai outro gole(FOI), normal, do café, com chocolate desta vez e mais uma vez... Tudo de novo.

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