Nesse tempo estando “louca” por ai, descobri algumas coisas... Aldous Huxley com seu admirável mundo novo fez a critica mais criativa que, descontando minha ignorância, seus contemporâneos da década de 30/40 se esforçaram, mas não foi mais que pura politica.
Sim ele foi clichê com o seu cientificismo, mas mostrou a tesão que tinha por aquilo tudo, como em uma moeda de ouro de piratas, ele fez sua brincadeirinha de cara e coroa com todos que estavam e estão lendo, de um lado tinha o seu ódio incrível e sua revolta com qualquer regime que implantasse gostos, que nos mostrasse os hábitos e fingisse que podia ser algo que chamamos de deus. Do outro lado foi o grito de revolta contra o medo de implantação de tecnologias e o exagero daquela nova “loucura”.
Uma guerra interna de Huxley sobre a excessiva e a completa falta de ordem, suas ambigüidades sócias retratadas numa fabula cientifica em que a sociedade era dividida em castas e a completa falta de opinião imperava por conta de um sistema metódico de ensino onde foi posto o nome de “lições hipnopedicas”, com a droga futurista inventada por Huxley não havia espaço para questionamentos ou dúvidas, nem para os conflitos, pois até os desejos e ansiedades eram controlados quimicamente. Existia apenas a felicidade hitleriana onde tudo era graças ao grande “deus” Ford.
O medo do futuro sendo visto de uma época onde o nazismo matava milhões e usava do maior trunfo que poderia existir, a publicidade, com a ignorância e com o controle em série de pessoas como John Ford fazia em suas fabricas. É aceitável o discutir sobre a o futuro tendo em vista o futuro que tinha Aldous.
Mas, ao mesmo tempo imagino uma mulher em um pub inglês em 2009 ouvindo uma musica alta, eletropunk parecendo com vive La fete, pensando o que seria de verdade a música sintética e a partir daí imaginar o admirável mundo novo. Essa mulher beberia vodka até cair por pavor da sociedade homogênea e não vivípara que poderíamos virar, onde na verdade o controle seria a palavra principal, não saberíamos sentimentos, sem dor.
E se no final isso realmente acontecer, teremos a esperança de ainda sentir alguma coisa, pelo menos uma espetada e ver um salvador do passado que chegará no seu cavalo branco ou em seu carro nouvelle vague fumando um cigarro, como aconteceu com Anna Karina em alphaville.
iii
ResponderExcluirvive la fete