terça-feira, 21 de abril de 2009

Nesse tempo estando “louca” por ai, descobri algumas coisas... Aldous Huxley com seu admirável mundo novo fez a critica mais criativa que, descontando minha ignorância, seus contemporâneos da década de 30/40 se esforçaram, mas não foi mais que pura politica. Sim ele foi clichê com o seu cientificismo, mas mostrou a tesão que tinha por aquilo tudo, como em uma moeda de ouro de piratas, ele fez sua brincadeirinha de cara e coroa com todos que estavam e estão lendo, de um lado tinha o seu ódio incrível e sua revolta com qualquer regime que implantasse gostos, que nos mostrasse os hábitos e fingisse que podia ser algo que chamamos de deus. Do outro lado foi o grito de revolta contra o medo de implantação de tecnologias e o exagero daquela nova “loucura”. Uma guerra interna de Huxley sobre a excessiva e a completa falta de ordem, suas ambigüidades sócias retratadas numa fabula cientifica em que a sociedade era dividida em castas e a completa falta de opinião imperava por conta de um sistema metódico de ensino onde foi posto o nome de “lições hipnopedicas”, com a droga futurista inventada por Huxley não havia espaço para questionamentos ou dúvidas, nem para os conflitos, pois até os desejos e ansiedades eram controlados quimicamente. Existia apenas a felicidade hitleriana onde tudo era graças ao grande “deus” Ford. O medo do futuro sendo visto de uma época onde o nazismo matava milhões e usava do maior trunfo que poderia existir, a publicidade, com a ignorância e com o controle em série de pessoas como John Ford fazia em suas fabricas. É aceitável o discutir sobre a o futuro tendo em vista o futuro que tinha Aldous. Mas, ao mesmo tempo imagino uma mulher em um pub inglês em 2009 ouvindo uma musica alta, eletropunk parecendo com vive La fete, pensando o que seria de verdade a música sintética e a partir daí imaginar o admirável mundo novo. Essa mulher beberia vodka até cair por pavor da sociedade homogênea e não vivípara que poderíamos virar, onde na verdade o controle seria a palavra principal, não saberíamos sentimentos, sem dor. E se no final isso realmente acontecer, teremos a esperança de ainda sentir alguma coisa, pelo menos uma espetada e ver um salvador do passado que chegará no seu cavalo branco ou em seu carro nouvelle vague fumando um cigarro, como aconteceu com Anna Karina em alphaville.

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